Projeto em parceria
com o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA)
Convênio
007/2011 (Valor: R$ 29.904,26).
O projeto
contempla o atendimento veterinário e manejo de pinguins-de-magalhães (Spheniscus
magellanicus), e compila os registros de 2011, buscando definir as
variáveis envolvidas no fenômeno do encalhe em massa, especialmente as
relacionadas à saúde dos estoques pesqueiros e eventos climáticos. O projeto
também colaborou com a temporada de 2012 ao adquirir microscópio, Lupa, uma
piscina de 17.000 L, tendas gazebo, 2 aparelhos congeladores e vários outros
equipamentos e materiais utilizados na reabilitação dos pinguins recolhidos, em
uma ação conjunta com outras instituições, como o IBAMA e o IPRAM. Ao
otimizar o atendimento dos pinguins no Espírito Santo, aumentam as
possibilidades de se extrair cada vez mais informações destes excelentes
bioindicadores, além do caráter humanitário da reabilitação, que é cobrada pela
sociedade.
Orientações ao Encontrar um Pinguim:
O pinguim
está nadando na praia
Caso você veja um pingüim nadando próximo à praia, fugindo das pessoas,
nadando entre os barcos, ativo e esperto; não tente capturá-lo, deixe-o livre.
Ele ainda está saudável, não necessita ser resgatado e você pode se ferir na
tentativa. O pingüim só deve ser capturado em caso de encalhe. Afaste-se para
permitir que ele venha para a praia caso esteja debilitado; do contrário ele
vai ficar com medo e não vai sair da água.
O pinguim já
foi capturado!
Se pinguim
estiver fraco, boiando próximo às pessoas, “capotando” nas ondas, sendo jogado
contra as pedras, ou cansado na areia da praia, ele provavelmente será
capturado por banhistas e curiosos.
Guarde-o em
uma caixa de papelão forrada com jornal ou pano, mantenha-o SECO e AQUECIDO, e
afastado dos curiosos. Se possível, próximo a uma lâmpada incandescente para
ajudar no aquecimento, ou garrafas contendo água aquecida. Se esses cuidados
não forem tomados, ele poderá morrer. Não o molhe, nem o coloque para nadar.
Não tente alimentá-lo, não o manipule e não deixe que crianças encostem nele.
Por que não devo colocá-lo no frio?
Os pinguins
de Magalhães não vivem no gelo da Antártida; eles são originários da Patagônia,
no extremo sul do nosso continente, e possuem temperatura corporal entre 38,5 e
41 ºC. Em nosso país eles chegam cansados, desnutridos e com frio, pois
esgotaram suas reservas energéticas. Pessoas bem intencionadas que colocam
pinguins em locais frios os levam a óbito por hipotermia.
Por que não
devo molhar o pinguim?
Não molhe o
pinguim. Ele perdeu a sua capacidade de isolamento térmico e impermeabilidade.
Se você o molhar ele continuará encharcado e com frio, podendo morrer.
O pinguim
está com o corpo manchado por óleo!
Use algum
tecido para manipular o pinguim. Não use luvas de borracha ou látex. Não deixe
o óleo entrar em contato com sua pele. Não tente remover o óleo em hipótese
alguma. Mantenha-o em ambiente seco, aguardando o resgate.
Devo dar
comida para o pinguim?
Não. No primeiro contato eles costumam ter medo dos humanos, e a tentativa pode estressá-los ainda mais. Além disso os espinhos de um peixe mal posicionado ou de uma espécie errada pode lesionar a boca. Ele devem ser alimentados por uma equipe capacitada.
Não. No primeiro contato eles costumam ter medo dos humanos, e a tentativa pode estressá-los ainda mais. Além disso os espinhos de um peixe mal posicionado ou de uma espécie errada pode lesionar a boca. Ele devem ser alimentados por uma equipe capacitada.
Como devo
transportar o pinguim?
Caso seja
extremamente necessário, quem for transportar o pinguim em algum veículo não
deve colocá-lo no porta malas ou em compartimentos abafados, pois ele morrerá
no calor excessivo. Transporte o pingüim como você transportaria uma criança,
pois ele também precisa de ventilação e temperatura amenas. Leve-o de
preferência dentro de uma caixa aberta, no banco dos passageiros. Atenção com
as fezes, que podem atravessar o fundo de caixas de papelão. Transporte-o
apenas se for a última opção, e em trajetos curtos, até entregar à autoridade
competente, pois é necessário possuir uma licença específica para capturar e
transportar animais selvagens.
Para onde
levar o pinguim?
Informe os
órgãos ambientais locais sobre o encalhe do pinguim. Eles irão encaminhá-lo ao
local apropriado e autorizado mais próximo ao seu município, ou irão acionar os
responsáveis pelo recolhimento. É importante lembrar que o encalhe de pinguins
mortos também pode ser comunicado aos órgãos oficiais, pois a análise desses
dados colabora para a investigação do fenômeno.